INTERVALO DE RECREAÇÃO:MOMENTO DE ÓCIO OU DE APRENDIZADO NA ESCOLA M.N.S.L
Adriano da Silva e Silva
Claudionor Silva Neto
Saulo Aguiar Santos
1.INTRODUÇÃO
Muitos são os aspectos que chamam
a atenção no espaço escolar,porém,alguns passam despercebidos e que são tão
importantes quanto os que são lembrados,um desses é o que acontece no período
do intervalo.O intervalo de recreação muitas vezes não é pensado como algo tão
importante quanto é,fazendo com que este momento não seja valorizado e que o
tratem apenas como um momento de descanso para alunos e professores.Na pesquisa
buscamos verificar como funciona o intervalo em uma das escola municipais de
Jequié,buscando entender questões como o que as crianças fazem e como aprendem
durante o momento,se há intencionalidades nas brincadeiras ou não e outro
pontos abordados no decorrer do relatório.
2.REFERENCIAL
Usamos como base para essa
pesquisa,o e-book “Brincadeira de criança,brinquedos e brincadeiras para
crianças pequenas”,uma adaptação contextualizada do material “Brinquedos e
Brincadeiras de Creche”,feito pelo Ministério da Educação,por meio da
Secretaria de Educação Básica em parceria com a UNICEF e também o artigo:“O jogo do espaço e o espaço do jogo
em escolas de Curitiba”,feito pela Dra.Simone Rechia,onde é relatada uma
pesquisa parecida com a que fizemos porém,em um período maior.
3. ANÁLISE DO FENÔMENO OBSERVADO
Ao longo da observação,percebemos
que as crianças brincavam livremente no período do intervalo de 30 minutos em
um espaço com sua maior parte sem pavimentação e outra pequena parte
pavimentada, também percebemos que as crianças brincavam individualmente ou em
grupos e a escola disponibilizava alguns brinquedos para eles utilizarem
durante o intervalo como bambolê, bola de futebol e cordas. Observamos também
os tipos de brincadeiras que eram desenvolvidas por eles que seriam pula corda,
futebol, dança do bambolê, lutinha, polícia e ladrão, esconde-esconde, cada macaco
no seu galho e pega-pega.Todas essas brincadeiras eram sem orientação dos
professores ou funcionários do colégio,mas eles ficavam observando para que não
ocorresse nada que pudesse colocar as crianças em risco.
Durante algumas aulas que
participamos,observamos que a professora que estávamos acompanhando utilizava
de atividades lúdicas para o ensino da matemática uma delas foi o “disco mágico”
que servia para ensinar sobre unidade, dezena, centena e unidade de
milhar,sendo desenvolvida da seguinte forma:a professora colocava um disco no
chão com quatros cores cada cor representava uma unidade, dezena, centena ou
unidade de milhar logos após chamava 4 alunos e lhes dava 10 fichas para cada e
de uma determinas distância teriam que acertas o disco com as fichas e depois
somar quantos pontos fizeram.
Pudemos perceber que a escola
tinha uma quadra onde era utilizada da seguinte forma, cada dia da
semana uma série diferente ia para a
quadra após o intervalo e lá na maioria das vezes acontecia um brincar livre,onde as
crianças brincavam de correr, se pendurar nas barras de proteção e jogar futsal;já
em outros momentos os professores desenvolviam atividades mais organizadas com eles, como amarelinha.Dessa forma,acontece o que cita Rechia(2006),ao falar sobre como os sujeitos imprimem suas marcas
naquilo que lhes é colocado a disposição,pois mesmo sem ser planejado,um espaço
pode ser (re)significado através dessas marcas expressas por cada um,como
acontecia nesses momentos onde as crianças iam para a quadra.
Não visualizamos nenhuma criança
com necessidades especiais durante o período dessa pesquisa,mas no que diz
respeito a espaços que pudessem trazer conforto para elas na hora de brincar e
interagir com outras pessoas,não foi percebido.Em relação às interações,no E-book da
Unicef traz que as crianças já começam a construir identidades próprias
e a perceber as diferenças de traços físicos, cor, linguagem desde muito
pequenos,então é essencial o trabalho
dos adultos para a valorização da diversidade.
4.CONCLUSÃO
Esse processo de observação nos fez perceber que a organização do
espaço,disposição recursos no momento do intervalo de recreação e um olhar
mais atento para o momento por parte dos funcionários da escola,poderia
potencializar cada vez mais a aprendizagem dos alunos e até mesmo a interação
entre eles,os professores e gestores.Alguns dos momentos em que aconteceram
atividades planejadas foram bastante produtivos,não que a brincadeira livre não
traga sua contribuição nas interações e outros âmbitos , porém as brincadeiras
podem ser direcionadas a trabalhar certas áreas,juntando assim dois lados como
o aprender e o brincar, transformando os momentos de intervalo ou até mesmo em
sala que muitas vezes são sempre iguais,em momentos diferentes e enriquecedores
para a vida das crianças.
5.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RECHIA, S. O jogo do espaço e o espaço do jogo em
escolas da cidade de Curitiba Rev. Bras.Cienc. Esporte, Campinas, , v. 27, n. 2, p. 91-104.jan 2006
EDUCAÇÃO, M. d. Brincadeira de criança:Brinquedos e
brincadeiras para crianças pequenas. Elaborado por meio da secretaria de
educação,com parceria da UNICEF,2012.
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